"Hurley Boy" (especial hot) LuAr


Sub-Categoria: Romance/Comédia - ShortFic  

Eu costumava passar minhas tardes trabalhando na loja de minha mãe. No início ficava apenas para não precisar ir até a escola naquela hora. Estudar de manhã já era o necessário para mim – ou eu apenas pensava dessa maneira. Mas de uns meses pra cá, comecei a me interessar muito por moda. Eu já atendia, e muito bem, várias clientes; dava minhas ideias sobre vitrines e tinha liberdade o bastante para escolher várias das peças que minha mãe comprava.

Pra quem não conhece o esquema por trás de uma loja, é mais ou menos assim: antes de as roupas chegarem à loja, nós vamos até o show room, ou até a fábrica, ou recebemos um representante da marca em nossa loja (no caso de toda hospitalidade de minha mãe, em nossa casa), para vermos as peças e escolhermos o que vamos comprar ou não.

-X-


Naquela tarde eu não fui até a loja, resolvi ficar em casa porque realmente precisava de uma folga.

Estava assistindo alguns clipes na MTV quando percebi minha mãe chegando. Escutei o barulho de mais um motor e me perguntei quem teria chegado com ela.


Corri até meu quarto para trocar de roupa. Quem quer que fosse, não me veria de moletom e calça larga. Eu não aparecia em público vestida desse jeito. Tinha que me arrumar, ficar mais apresentável.

Vesti um short jeans que tinha o cós largo e uma lavagem bem intensa que o deixava claro e uma blusa preta simples de alcinhas colada no corpo – apesar de usar moletom à tarde, eu sabia que não estava tão frio. Calcei meus chinelos e saí do quarto.


Quando cheguei à sala, vi minha mãe conversando com o homem que tinha a beleza mais cegante que eu já vira na vida. Não consegui tirar os olhos do Deus que estava sentado no sofá em frente onde eu permanecia em pé como uma estátua.

Ele olhou para mim - pude perceber um par de olhos brilhantemente castanhos - e sorriu acenando.


- Esse é o Arthur, o novo representante da Hurley. - Ouvi minha mãe e sorri para ele também. - Essa é a undefined, minha filha.

- Oi, tudo bom? - Eu poderia ser mais estúpida? Devo ter ficado com cara de boba enquanto soltava minhas primeiras palavras em direção ao lindo espécime masculino que estava no sofá, onde antes eu estava deitada.
Ele sorriu mais uma vez e se levantou, vindo até mim e me cumprimentando com um aperto de mãos – e que aperto de mãos foi aquele? Senti que meu coração iria explodir, ou sair pela boca, como você preferir.
- Tudo bem, undefined. - Ele disse e pensei que fosse cair ao escutar aquela voz. Que homem era aquele?
- Pode me chamar de Blanco. - Sorri, enquanto nos encarávamos.


Vi um sorriso se abrindo no rosto dele também. Larguei a mão de Arthur e voltei à realidade quando ouvi minha mãe falando alguma coisa.

- Já falei com o Arthur que preciso voltar até o supermercado, preciso comprar algumas coisinhas, mas antes quis deixá-lo em casa para ele descansar. Faça companhia para ele, tudo bem, undefined?

- Claro! - Sorri para minha mãe, enquanto olhava nos olhos dele, mordendo meu lábio inferior de uma maneira provocante. Ele passou a mão na própria nuca ao perceber minha intenção e soltou um suspiro baixo que apenas eu percebi. Nervosismo. Era isso que ele sentia. O meu, que quase nem veio, já passara. Eu sabia controlar. Mas o dele... Parecia que não.


Fazer companhia para Arthur não seria dificuldade alguma. Diferente de todos os outros representantes, ele era lindo – lê-se gostoso. Eu sentia arrepios apenas ao perceber os olhos de Arthur em cima de mim, que era o que ele fazia naquele exato momento, enquanto minha mãe pegava sua bolsa em cima da mesinha de centro e a chave do carro que deixara em cima da televisão ao entrar.

- Vou tentar não demorar muito. Qualquer coisa que você precisar, é só pedir pra undefined.

- Claro, fique à vontade... - Escutei mais uma vez a voz de Arthur naquela noite e senti meu coração acelerar como antes. Eu precisava daquele homem e precisava agora.


Com um aceno de cabeça, ela saiu da sala me deixando sozinha com o homem que eu não aguentava mais me segurar para agarrar.

Vi que Arthur começou a bagunçar os próprios cabelos e fechou os olhos antes de levantar o rosto. Ele não queria um contato visual comigo. Mais sintomas de nervosismo? É, acho que era exatamente isso.

Eu mordi meu lábio inferior quando ele voltou o olhar na minha direção e mexi nas alcinhas finas de minha blusa. Ele me olhava enquanto engolia em seco. Aproximei-me dele e me sentei ao seu lado, colocando minha mão na parte interna da sua coxa bem próxima à virilha. Ele respirou fundo e levou sua mão até minha nuca. Já não aguentava mais me segurar. Mas eu queria um joguinho antes, claro.

- Calma, Arthur! - Me afastei rindo marotamente enquanto escutava o motor do carro de minha mãe se afastando.

- Por que provoca? - Ele perguntou me encarando.
- Porque essa parte é interessante. - Mordi meu lábio inferior quando percebi o portão se fechando. Minha mãe já estava fora de casa, eu tinha aquele espaço apenas para mim e Arthur. - E você fica uma gracinha quando tá nervoso. - Coloquei a pontinha da minha língua para fora enquanto sorria e ele me olhava com vontade de rasgar minha roupa - isso podia ser visto em seu rosto.


Ele descia o olhar de minha boca para meus seios e logo estava com a mão em minha cintura me puxando para seu colo. Posicionei-me de forma que minhas pernas ficassem uma de cada lado de seu corpo. Estava disposta a ficar assim por mais um tempo quando senti os lábios quentes de Arthur se encontrar com os meus. Abri-os um pouco, dando espaço para a língua dele entrar em minha boca, explorando-a.

Ele não perdeu tempo, começou a subir suas mãos por minha cintura e assim levava minha blusa junto. Fui mais rápida que ele e o impedi de continuar. Queria vê-lo sem camisa antes. Ele só tiraria minha blusa depois. Era daquela forma que eu queria.
Coloquei minha mão por dentro da camisa dele e senti que ele enrijeceu todo o corpo ao sentir meu toque. Sorri entre beijos quando percebi aquilo e comecei a puxar a camisa dele, quebrando o beijo para deixá-lo com o peito nu à mostra. Sorri ao ver e ele arqueou a sobrancelha.
- Vai ficar só olhando? - O ouvi me perguntando e neguei com a cabeça.
- Pode ter certeza que não. - Terminei de tirar minha blusa e vi que Arthur sorria safado para mim.
Ele começou a distribuir beijos e mordidas por meu pescoço enquanto procurava o feixe de meu sutiã.
- Você devia saber que existem sutiãs que abrem na frente. - Ri e olhei pros meus seios.
- Difíceis... - Ele bufou e num movimento rápido tirou aquela peça de mim.
Olhou um pouco para meus seios antes de lamber meu pescoço até chegar em meu colo. Distribuía beijos por ali enquanto acariciava minha cintura. Eu arranhava as costas de Arthur quando ele exagerava e mordia o bico de meu peito, arrancando gemidos que eu tentava disfarçar.
Desci minhas mãos, mais uma vez pelo corpo dele e consegui tirar o cinto que ele usava. Logo desabotoei a calça e abri o zíper. Acariciei o membro dele, ainda por cima da boxer que ele usava e o senti chupando meu pescoço com mais força.
Então Arthur se levantou, fazendo com que eu passasse minhas pernas por volta de sua cintura. E sua calça deslizou pelo seu corpo, deixando-o apenas em sua boxer, fazendo com que nossas intimidades se encostassem.
Ele voltou a me beijar, agora mais intensamente que antes, com as mãos em minha bunda, prensando-a para que eu sentisse sua excitação. Sua boca voltou ao meu pescoço, sugando-o com vontade, arrancando um gemido involuntário de mim. Em momento algum me soltei dele. Apenas quando escutamos o barulho de algo caindo no chão. E se quebrando.
Abrimos os olhos ao mesmo tempo, encarando-nos, ambos com a respiração pesada. Viramos o olhar para o mesmo lado e vimos que o barulho viera de um jarro que se quebrara.


- Ah, não! - Consegui dizer.

Meu coração pulava em meu peito, e não pelo motivo que todos imaginam.
- O que foi? A gente... Tenta colar. - Ele me encarava. Ainda estava com as mãos espalmadas em minha bunda. - Ou compramos um igual?
- Arthur... Não há igual. Uma amiga de minha avó trouxe aquele ali pra ela, da China, em 1972, como um presente pelo nascimento de minha mãe. Por isso aquele vaso estúpido fica nessa porra de mesinha de centro.


Eu já estava em pé, mas ainda com os braços em volta do pescoço de Arthur. Ele já subira suas mãos para minha cintura.

- Opa. Tá brincando? - Ele não sabia se olhava para o vaso espatifado ou para mim.
- Não. - Sussurrei.
- Puta que pariu! Onde eu tava com a cabeça? – Arthur se afastou de mim, deixando-me com cara de tacho e seminua, encarando-o apenas em sua boxer. Ele tentava encontrar sua roupa e soltava vários palavrões.
Veio até mim, entregando-me minha blusinha preta.
- Vista-se.
- Mas...
- Só provou que isso não pode acontecer. - Ele encarava o vaso (ou seria os cacos?), com o rosto vermelho, provavelmente de raiva.
Acho que eu estava da mesma maneira. Mas o escarlate em minhas bochechas também era de vergonha.
- Arthur, você quer. – Falei, entre dentes, enquanto segurava minha blusinha. - Eu sei que você quer. E eu quero também.
- Por favor, undefined. Daqui a pouco sua mãe chega e a gente já quebrou isso aqui. - Ele olhava fixamente pros cacos.
- Mas...
- Olha, cala a boca, undefined! E procura a cola logo, por favor?
- Tem na geladeira. – Falei, irritada.
Como ele podia ser tão bipolar?
- Então pega, né? Vou tentar colar. – Ele já estava se abaixando próximo aos cacos.
- Ridículo, Arthur! – Bufei, indo até a cozinha.
Abri, com força, a porta da geladeira, pegando a Super Bonder. Ainda não me conformava com a atitude de Arthur.
Tá, sei que aquele vaso era o bebezinho da minha mãe, mas não era pra tanto! Apesar de ser da China, feito em 1972, e ter sido trazido por uma amiga de minha avó como presente de nascimento de minha querida mãezinha... Bem, tá certo o Arthur se assustar. Mas aquilo não justificava o fato de ele ter me largado daquela maneira. Ele me queria, eu podia ver nos olhos dele que ele me queria.
- Sua cola. – Entreguei o tubinho em suas mãos, recusando-me a olhar em seus olhos.
O silêncio permaneceu, sendo quebrado apenas quando Arthur procurava alguma parte que pudesse se encaixar no que ele já havia colado.
Passou algum tempo, até que ele me olhou e sorriu de lado.
- Não vai nem me ajudar?
Sorri, rolando os olhos, enquanto me abaixava perto dele. Assim que peguei um caquinho, escutei o portão se abrindo. Encaramo-nos e eu comecei a empurrar toda aquela bagunça pra baixo do sofá.


Depois de conseguirmos (na verdade, eu conseguir) esconder a bagunça, minha mãe entrou na sala. É, o timing foi perfeito.

- Por que vocês não estão sentados no sofá? – Foi a primeira coisa que minha mãe perguntou.
- Sei lá, mãe. O chão tá geladinho, serve?
Arthur reprimiu uma risada ao meu lado, enquanto mamãe fazia uma careta.


Fizemos hora depois de comer e, em todo momento, eu reparava os olhares de Arthur em mim, só não conseguia entender o porquê, já que ele tinha me dispensado daquela maneira.

Quando mamãe resolveu começar a olhar a coleção, eu a acompanhei. Ficava louca com as peças masculinas da Hurley. Ainda mais que era a coleção de inverno! Eu era louca com moletons e ficava apaixonada por qualquer um que tivesse um capuz.


- Toma, vista esta aqui. – Arthur me passou uma camisa rosa, com HURLEY escrito em letras garrafais bem no meio e com aquele símbolo ao lado. Franzi as sobrancelhas e esperei uma explicação, segurando a camisa e olhando-o nos olhos. - É minha preferida.

- É masculina.
- E quem disse que eu não sei? – Piscou para mim, um pouco antes de minha mãe voltar. Ela tinha ido ao banheiro, deixando-nos sozinhos pela segunda vez na noite.
Pelo menos desta vez não havíamos quebrado nada.


- Escolheu alguma, minha filha? – Mamãe me perguntou.

- Eu tava dizendo que aquela é a minha preferida.
Claro que ele tava me dizendo aquilo, com outras palavras – que nada tinham a ver – mas estava me dizendo aquilo.
- Me pediu até para vesti-la, mãe! – Completei, sorrindo de orelha a orelha.
Ela riu também.
- Vamos ver se fica bem em mulher também, oras! – Arthur sorriu provocante para mim.
Vesti a camisa, por cima de minha roupa e fiquei de pé. Ela chegava ao meio de minhas coxas, tampando até meu short.
- Parece um vestido!
- Mas se ajustar fica um baby-look bem bacana, undefined. – Minha mãe me surpreendeu ao dizer aquilo. Ela costumava ser tão estranha quanto às roupas que eu gostava. E eu tinha pensado exatamente aquilo.
Fiz uma careta, tirando a camisa, e entregando-a a Arthur, enquanto minha mãe fazia mais e mais pedidos.


Quando terminamos de olhar toda a coleção, fui ajudar Arthur a guardas as peças. Abaixei-me ao lado dele, enquanto ele tentava abrir uma das malas.

- O que houve? Mais difícil que colar o vaso estúpido da mamãe?
Ele rolou os olhos e logo me encarou.
- Eu vi a maneira que você tava me encarando, Arthur. Você me encarou a noite inteira e eu percebi que o que passava na sua cabeça não era nada limpo. Perversões. Seu pervertido. E eu quero bem saber o que era. – Mordi meu lábio inferior. – Se não for desta vez, pode ter certeza que da próxima você não me escapa.
Ele engoliu em seco e não tirava os olhos de minha boca.
Abriu a mala, quando conseguiu se concentrar e percebemos minha mãe de volta.
- Ajude o Arthur a arrumar as malas, undefined? Eu vou arrumando o quarto para ele.


Sorri por dentro ao escutar aquelas palavras.

Lógico que eu conseguiria o que eu queria.
Quem disse que undefined Luinha era incapaz de conquistar o que desejava?
Arthur seria meu.


Levantei-me, peguei algumas camisas e passei para ele. Percebi que no topo estava a preferida dele.

Arthur guardou-as e fechou a mala sem me olhar.
- Você vai dormir aqui em casa, Arthur.
- É, sua mãe me convidou enquanto estávamos na loja e eu aceitei.
- Claro que aceitou. – Sorri.
- Eu não sabia da filha que ela tinha. – Pude ver que ele abria um sorriso torto.
- Pode dizer, Arthur. Você adorou a filha que ela tem.
- Acho melhor você calar a boca, undefined. Eu não me responsabilizo pelo que eu quebrar além daquele vaso.
- É assim que se fala, Arthur. – Passei minha mão pela perna dele, que estava bem próxima a mim e o olhei nos olhos. Ele mordeu o lábio inferior, quando sentiu que eu deslizava a mão para sua virilha.
Levantei-me de novo, pegando o resto das roupas, enquanto ele abria mais uma mala.


- Por que me dispensou daquela maneira, Arthur? – Ele fechava a última das três malas, quando eu fiz a pergunta.

- Eu me assustei com o vaso. Ainda tô preocupado com isso. É a primeira vez que venho aqui, undefined.
- Eu vou dar um jeito, não se importe.
Escutei passos se aproximando e me levantei, procurando a cadeira mais próxima.
- Prontinho, Arthur. Você fica no quarto ao lado da undefined.
- Certo, Kath. Obrigado pela...
- Não precisa agradecer. – Mamãe o interrompeu e eu sorri.
Não sorri apenas por achar aquele o típico jeito de minha mãe, mas porque Arthur ficaria bem ao meu lado aquela noite. Ou ficaria bem em cima, ou embaixo de mim, mas... Bem, não é isso que vem ao caso agora.


Mais tarde, enquanto Arthur tomava banho, fui até seu quarto e procurei a mala onde ele havia guardado aquela camisa. Achei com uma facilidade imensa e saí do quarto de fininho, puxando a porta ao passar.

Entrei no meu, dando boa noite para a mamãe e fechei minha porta. Nem esperei para dar boa noite para Arthur. Eu sabia que aquilo não seria necessário. Uma ótima noite ele teria, mas não seria, digamos, dormindo.


Esperei um tempo em meu quarto, sempre atenta aos barulhos no quarto de minha mãe. Quando percebi que ela já estava realmente dormindo, tirei toda a minha roupa e vesti a camisa da Hurley. Soltei meus cabelos – que estavam presos num coque frouxo – e os baguncei de uma maneira sexy. Olhei-me no espelho e respirei fundo antes de sair de meu quarto para ir em direção ao dele.

Quando abri a porta, ele já estava em pé, com a mão na maçaneta. Deu um sorriso torto para mim e me olhou da cabeça aos pés.

- Eu sabia que você não me decepcionaria. – Ele disse, me agarrando com força, e fechando a porta. – E eu tava esperando por você. Se não viesse, eu iria.
Passou a mão por minhas coxas, chegando até minha bunda e sorrindo ao perceber que eu não vestia absolutamente nada por baixo. Nem mesmo minha calcinha.
- Mas eu vim. – Respondi.
- E do jeito que eu queria. – Afastou-se um pouco de mim, olhando a camisa que eu usava, e riu. – Você já sabe que eu amo essa camisa. Mas ela vai ficar muito melhor quando não estiver escondendo você.
Arthur avançou para mim, puxando a camisa para cima, fazendo-a deslizar por meu corpo, e jogou-a longe. Ficou parado por um tempo contemplando meu corpo.
- Tem certeza que vai apenas ficar aí paradinho me olhando, Arthur? – eu sorri, mordendo meu lábio inferior, lembrando-me de uma pergunta parecida mais cedo.
- Com certeza não.
Arthur veio para cima de mim, mais uma vez, pegando-me pela cintura e fazendo com que minhas pernas automaticamente envolvessem sua cintura. Senti sua excitação escondida – visualmente – pela boxer enquanto ele me carregava para a cama. Ele me beijou com urgência e vontade, já descendo suas mãos por meu corpo, até encontrar a parte interna de minhas coxas. Senti meu corpo se arrepiando enquanto ele subia cada vez mais suas mãos, penetrando-me com dois de seus dedos. Gemi entre um beijo e outro quando ele tocou meu clitóris com o dedão. Arthur mordeu meu lábio inferior, afastando seu rosto do meu. Sorriu bem safado enquanto penetrava seus dedos, cada vez mais rápido e mais fundo em mim. Eu conseguia apenas gemer e apertar os lençóis.
- Vai logo com isso de uma vez, porra. – Soltei, quando consegui achar o ar que faltavam em meus pulmões.
Seus dedos saíram de mim, e rapidamente ajudei-o a tirar a boxer que nos atrapalhava a começar qualquer coisa.
Peguei a camisinha que estava ao meu lado e a abri, indo até Arthur e colocando-a com bastante cuidado. Passei a mão levemente sobre seu membro rígido, já protegido, e sorri ao senti-lo estremecer. 
- Você gosta. – Não fiz uma pergunta.
- Você vai gostar mais. – Ele também não.
Senti suas mãos agarrando minha cintura e meu corpo girando na cama, indo para cima dele. Eu sabia o que ele queria com aquilo.
Colei nossos corpos, sentindo todo o seu membro – e o que era aquilo? – penetrando-me, enquanto ele ainda segurava minha cintura e me guiava. Arranhei seu peito e escutei-o gemendo. Joguei a cabeça para trás, e gemi também, deixando meus lábios entreabertos. A mão dele subiu para um de meus seios e o apertou com força, o que me fez ter que morder meus lábios para não soltar um gemido mais alto que pudesse fazer minha mãe aparecer – credo!
Arthur virou-me mais uma vez, ficando em cima de mim e me penetrou com mais força mais algumas vezes, senti um prazer bem forte, que me deixou sem forças nas pernas e fez meu corpo todo estremecer e sabia que estava atingindo meu clímax. Percebi que aquilo acontecia com ele porque seu corpo caiu sobre o meu. Nossas respirações se misturavam e Arthur espalhava beijinhos por todo o meu pescoço e rosto. Ele saiu de cima de mim, deitando-se ao meu lado e me abraçando pela cintura.
- Não vá pro seu quarto. – Escutei sua voz rouca batendo em meu ouvido, enquanto seus dedos percorriam a lateral de meu corpo num carinho gostoso.
- Não vou. – Respondi, e fechei meus olhos.


- Blanco? – Escutei aquela voz rouca mais uma vez, seguida por um beijo ali perto de minha orelha. – Eu não sei que horas sua mãe acorda, acho bom...

- É, eu sei. – Respondi, respirando fundo.
Levantei-me da cama, vestindo a camisa e fui direto pra porta.
- Blanco?
- Oi, Arthur. – Olhei para ele, com a mão na maçaneta.
- Eu não tô te expulsando, mas são seis e meia. Se pudesse, não te deixava sair.
Sorri e fui até ele, dando-lhe um selinho.
- Fofo.
- Gostosa.
Dei um tapa de leve em seu braço e fui até a porta, abrindo-a. Olhei para ele, jogando um beijinho no ar. Ele riu.


Meu quarto estava gelado quando abri a porta. O ar condicionado funcionando a noite inteira era a razão para aquilo. Joguei-me em minha cama, abraçando meu travesseiro. Eu sei que era meio pra frente, mas podia ter meu momento menininha encantada? Bem encantada, por falar nisso.

Escutei uma batida na porta e logo depois vi que ela se abria. Arthur colocou a cabeça pra dentro – percebi que ele já estava vestido.
- Eu preciso da camisa, né?
Rolei os olhos e ri. Fui até meu guarda roupa e abri uma das gavetas, pegando uma calcinha e um pijama qualquer. Tirei a camisa ali mesmo e não pude deixar de olhá-lo para reparar sua reação. Ele engolia em seco. Vesti minha camisolinha e entreguei a camisa para ele.
- Quero uma desta. – Eu sorri.
- Você vai ganhar. – Ele se aproximou, beijando meus lábios ternamente. Até um carinho em meu rosto ele fez.
Minhas pernas ficaram bambas e eu sabia que aquilo não era mais um orgasmo – óbvio.
- Você vai hoje?
- Preciso passar em outras cidades e terminar a coleção. – Ele praticamente sussurrou.
- Mas você volta na próxima. – Mais uma vez, não foi uma pergunta.
- Volto. – Deu mais um selinho em meus lábios e se afastou.


Eu sabia que não o veria mais naquele dia.

Mentira. Eu consegui ver seu carro saindo de minha casa. Mas foi apenas um vislumbre. Na verdade, o barulho do motor do carro dele foi o que me acordou.


-X-


Mamãe encontrou o vaso – ou os restos – embaixo do sofá.

Eu fiquei quase uma hora pedindo desculpas e dizendo que eu não havia dito nada porque não queria que nenhuma briga explodisse naquela casa por causa de um vaso enquanto tivéssemos um hóspede. Falei que daria um jeito de repor o vaso que ela tanto amava e continuei insistindo nas desculpas e mais desculpas até que a escutei rindo, tentando me acalmar.
- Esse não é, ou melhor, não era o vaso da sua avó, undefined. – Ela ria? Eu estava desesperada e ela apenas ria? – Ele é bem parecido, mas o da sua avó fica guardado em meu guarda roupa pra que exatamente isso não aconteça, se esqueceu?
- Então eu fiquei morrendo de medo e inventando um jeito de ir pra China buscar um vaso à toa? – Bufei.
- Sim, minha filha. E eu sinto muito!
Mães! Hunf.

Fim





Gente esse e um mini fanfic mais talvez eu faça uma segunda parte >.< beijo 

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